A cachaça produzida em Paracatu é diferenciada por ser feita a partir da rapadura.
Bebida genuinamente brasileira, a pinga, a aguardente, ou simplesmente cachaça, é a bebida destilada mais consumida no Brasil. Apresenta características históricas, culturais e econômicas bastante significativas para o povo brasileiro.
A cachaça foi utilizada de forma diferente pelos diversos grupos sociais ao longo da história, estando presente em lutas e conquistas do país. Sua origem remonta ao tempo da escravidão quando os escravos trabalhavam na produção do açúcar da cana de açúcar. No século 18, a cachaça começou a ter importância econômica, ganhando inclusive valor de moeda corrente.
Atualmente a cachaça é considerada pelo Ministério da Cultura como patrimônio histórico e cultural do país, e está presente nos melhores restaurantes e adegas dos quatro cantos do mundo.
Cachaça de rapadura
Em Paracatu, a produção da cachaça é uma arte. Pequenos alambiques mantêm a tradição de produzir a bebida ainda de maneira artesanal. Diferentemente da cachaça tradicional produzida a partir do caldo da cana, a cachaça paracatuense é feita da rapadura.
“A diferença do processo tradicional é que nós dissolvemos a rapadura para que ela volte a ser melado novamente, depois disso, ela segue para a fermentação juntamente com o milho”, explica Flávio Botelho, produtor de uma das cachaças mais conhecidas da cidade, a Sô Joca.
De acordo com ele, esse processo deixa a cachaça mais pura, com um gosto mais apurado, o que lhe dá um paladar incomum. “A cachaça artesanal de rapadura não tem aquele cheiro característico do bagaço da cana, a qual chamamos de pinga bagaceira”.
Em todo o município são cerca de 20 rótulos. Entre as mais conhecias estão a Barreirinho, Do Porto, Rainha, Vieirinha, Creolinha, Paracatulina, Segura o Tombo e Sô Joca.
Então, um brinde à cachaça, principalmente se for de rapadura, mas não se esqueça, aprecie com moderação!
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