Bianca Santana participa do Sempre Um Papo em Paracatu

A escritora Bianca Santana participa do Sempre Um Papo em Paracatu em uma conversa com o fundador do projeto, Afonso Borges, sobre o livro da autora, “Quando me descobri negra”. O evento acontece no dia 25 de setembro, quarta-feira, às 19h, na Fundação Municipal Casa de Cultura de Paracatu (Rua do Ávila, 6, Centro). A entrada é gratuita, mediante retirada de ingresso pela plataforma Sympla.

A participação de Bianca Santana no Sempre Um Papo em Paracatu tem o  patrocínio da Kinross e integra a programação do Setembro Plural, uma série de ações de conscientização em torno dos temas de diversidade, equidade e inclusão, promovida pela empresa patrocinadora. O objetivo da Kinross, por meio do Programa de Diversidade, Equidade e Inclusão, é promover a pluralidade no ambiente de trabalho.

Usar um turbante com cores vibrantes pela primeira vez, sentir o vento balançar os cabelos sem o peso dos produtos químicos, reconhecer nos filhos os traços da ancestralidade. Esses são alguns dos temas que Bianca Santana expurga em busca do encontro com sua negritude nesta nova edição, revista e ampliada, de “Quando me descobri negra”.

A autora traz à tona sua trajetória de autorreconhecimento e aceitação. Mesclando trechos autobiográficos à história recente do país com pinceladas de ficção, Santana narra sua passagem por um processo complexo de letramento racial, aceitação do corpo e reconhecimento familiar. Tudo isso enquanto se desvencilha do racismo brasileiro presente no bairro de classe média, na cliente branca do restaurante que acha que negros são serviçais, na ação violenta da polícia, no bullying sofrido na escola e na desigualdade salarial no trabalho.

Com a altissonante frase “Tenho trinta anos, mas sou negra há dez”, a autora inicia essa jornada que há tempos vem ajudando pessoas negras a se aceitarem e pessoas brancas a compreenderem o papel que podem desempenhar na luta antirracista. Com textos curtos e um olhar acurado, “Quando me descobri negra” é um verdadeiro marco no processo de diversos avanços que o movimento negro vem conquistando. De Neusa Santos Souza a Chimamanda Ngozi Adichie, Bianca Santana evoca todas as formas de conhecimento para avançar nessa luta diária contra o preconceito. Valendo-se da ternura do cheiro do arroz-doce com cravo e canela servido numa roda de saberes de mulheres negras ao luto pela perda prematura e traumática do pai, “Quando me descobri negra” é um clássico contemporâneo que já faz parte da formação do que sonhamos para um novo projeto de nação.

Bianca Santana é jornalista, doutora em ciência da informação e mestra em educação pela Universidade de São Paulo. Colunista da Folha e comentarista do Jornal da Cultura. Professora do curso de jornalismo da Faap e da pós-graduação em estratégias de comunicação digital da Fundação Getúlio Vargas. Diretora executiva da Casa Sueli Carneiro. Autora de livros como “Quando me descobri negra” e “Arruda e guiné: resistência negra no Brasil contemporâneo”.

O Sempre Um Papo em Paracatu é viabilizado por meio do patrocínio da Kinross, via Lei Rouanet, do Ministério da Cultura. O evento conta com apoio da Fundação Municipal Casa de Cultura de Paracatu e da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Paracatu.

Serviço:
Sempre Um Papo recebe Bianca Santana em Paracatu
Dia 25 de setembro, quarta-feira, 19h
Local: Fundação Municipal Casa de Cultura de Paracatu (Rua do Ávila, 6, Centro)
Informações: www.sempreumpapo.com.br

Fonte: Sempre Um Papo

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